Manifestantes estão a bloquear estradas em Israel. Os protestos já levaram à intervenção das autoridades, que recorreram ao uso canhões de água, gás lacrimogéneo e polícia a cavalo para dispersar os manifestantes.
Dezenas de pessoas foram detidas em mais esta jornada de protestos contra a reforma judicial proposta pelo Governo. Os manifestantes bloquearam estradas, interromperam a circulação de comboios e protestaram em várias cidades israelitas.
"Israel não é uma ditadura, é uma democracia", esta é uma das palavras de ordem que se pode ouvir no protesto, com maiores proporções em Ramat Hasharon e Telavive. A autoestrada que liga a capital israelita a Jerusalém está bloqueada por manifestantes, que entoam cânticos de protesto.
Os organizadores da ação de contestação, denominada "Dia Nacional da Disrupção" avisam que o protesto vai intensificar-se em todo o país. O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, garante que não vai permitir que um bloqueio de estradas liderado por "anarquista".
Os manifestantes contestam a reforma legislativa em curso proposta pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em janeiro, que dará ao Executivo israelita maior poder judicial, nomeadamente na escolha de juízes e na limitação de poderes do Supremo Tribunal.
Os ativistas consideram que esta alteração judicial, caso avance, constitui uma ameaça à democracia.