Um relatório de um grupo de investigadores chineses, publicado no Journal of Alzheimer's disease, revela que a pessoa mais jovem do mundo a ser diagnosticada com Alzheimer tem apenas 19 anos.
O jovem começou por ter dificuldades de concentração na escola aos 17 anos. A situação agravou-se no ano seguinte: o aluno começou a sofrer perda de memória recente, não conseguia lembrar-se do que tinha acontecido no dia anterior ou onde tinha colocado determinados objetos. Na mesma altura, começou a sentir dificuldades em ler e a reagir de forma lenta aos estímulos.
A memória foi piorando até que começou a não conseguir saber o que tinha comido nem conseguia acabar os trabalhos de casa. O jovem viu-se mesmo forçado a abandonar a escola.
Nestes casos há habitualmente um histórico familiar da doença, mas, desta vez, tal não se verificou.
"Todos os dados relatados apontam para um diagnóstico de Alzheimer, embora ,quando há um início precoce, há geralmente uma base genética muito clara, que neste caso não existe.", diz Alessandro Padovani, diretor da Clínica de Neurologia da Universidade de Brescia, citado pelo El Mundo.
O relatório refere ainda que o Alzheimer precoce é responsável por cinco em cada dez casos da doença. Normalmente, esta forma de demência afeta pessoas com menos de 65 anos.