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Ex-Presidente do Peru tratou do asilo da mulher meses antes do golpe frustrado

Lilia Paredes e os filhos estão atualmente no México, onde receberam asilo político no âmbito do processo aberto no Peru contra si, por acusações de participação em organização criminosa.

Lusa

As autoridades peruanas revelaram esta segunda-feira que o ex-Presidente Pedro Castillo tinha começado a tratar do pedido de asilo da sua mulher, Lilia Paredes, em agosto passado, meses antes da tentativa frustrada de ganhar mais poder.

O Ministério Público do Peru divulgou a informação no âmbito de uma investigação, realizada pelo jornal El Comercio, que sugere que o subsecretário presidencial Beder Camacho teria sido o encarregado de tratar do asilo da mulher do ex-Presidente com as autoridades do México.

Segundo essa informação, Camacho reuniu em meados de agosto com o embaixador venezuelano em Lima, Alexander Yáñez, para tratar do asilo não só de Paredes, mas também do ex-ministro dos Transportes Juan Silva, bem como de Fray Vásquez, sobrinho de Castillo.

Segundo o jornal La República, a Procuradoria apresentou essas conversas entre Camacho e Yáñez como justificação para sustentar o seu pedido de prisão preventiva de Paredes, alegando que confirma que este já tinha tentado fugir da justiça antes mesmo da expulsão de Castillo como Presidente, numa destituição que aconteceu quando este procurou obter mais poderes.

Paredes e os seus filhos estão atualmente no México, onde receberam asilo político no âmbito do processo aberto no Peru contra si, por acusações de participação em organização criminosa.

As autoridades peruanas aprovaram o asilo de Castillo e dos seus filhos no México, embora tenham avisado que apresentariam um pedido de extradição a qualquer momento, se as autoridades assim o determinarem.

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