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Aborto nos EUA: senadores acusam juiz do Supremo de lhes ter mentido

Em causa está a posição do juiz relativamente ao aborto.

Os senadores norte-americanos Susan Collins (republicana) e Joe Manchin (democrata) acusaram este sábado o juiz do Supremo Tribunal Brett Kavanaugh de lhes ter mentido sobre a sua posição relativamente ao aborto.

Em declarações aos jornalista, tanto Collins – um dos senadores republicanos mais progressistas – quanto Manchin – um dos democratas mais conservadores – afirmam que Kavanaugh os fez acreditar há quatro anos que sua preferência era manter o ‘status quo’ da jurisprudência sobre o assunto.

No entanto, Kavanaugh – cuja confirmação em 2018 foi mais controversa a propósito de um suposto episódio de abuso sexual quando era estudante universitário veio a público – foi um dos seis juízes do Supremo Tribunal, que votou na passada sexta-feira a favor da revogação do direito ao aborto, nos Estados Unidos, em vigor desde 1973.

“Sinto-me enganada”, disse Collins. Manchin, por sua vez, incluiu outro juiz, Neil Gorsuch, no mesmo pacote, dizendo que na época, confiava tanto em Kavanaugh quanto em Gorsuch quando estes lhe disseram que respeitariam a jurisprudência.

Collins e Manchin votaram a favor das confirmações de ambos os juízes e, especialmente no caso de Kavanaugh, poderia não ter recebido apoio suficiente se ambos os senadores se opusessem à sua confirmação.

O Supremo Tribunal dos Estados Unidos, de maioria conservadora, revogou na sexta-feira o direito ao aborto, em vigor desde 1973, com uma decisão polémica, que, segundo o Presidente Joe Biden, faz o país retroceder 150 anos.

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