A Rússia voltou a negar a intenção de invadir a vizinha Ucrânia. Garantiu que mantém a porta aberta ao diálogo e à diplomacia. Moscovo responde, assim, às últimas declarações dos Estados Unidos. Em telefonema ao presidente ucraniano, Joe Biden voltou a oferecer apoio militar contra a invasão russa, que Washington prevê como iminente.
Pela terceira vez desde dezembro, Joe Biden telefonou ao Presidente da Ucrânia para reafirmar o apoio dos EUA à soberania e integridade territorial ucranianas.
Com mais ajuda militar norte-americana a ser despachada para Kiev, a Casa Branca garante já que a invasão russa da Ucrânia pode acontecer a qualquer momento.
Na origem das certezas, estão os 130 mil soldados russos que os serviços ocidentais de informações garantem estar atualmente destacados ao longo das fronteiras comuns à Rússia e à Ucrânia.
Para o pentágono, o grau de ameaça subiu ainda mais com as manobras dos últimos dias no mar negro e com o envio de mais tropas e sofisticados sistemas antiaéreos para a Bielorrússia, aliada de Moscovo.
No entanto, o Kremlin continua a negar as intenções bélicas e garante que mantém aberta a via do diálogo e da diplomacia.
Na origem da atual crise, está a recusa russa em aceitar a pretensão da adesão da Ucrânia à NATO, estão as críticas aos mísseis e tropas ocidentais junto às fronteiras russas e acusações à Aliança Atlântica de manter comportamentos herdados da Guerra Fria. Moscovo exige mesmo a retirada das armas nucleares dos Estados Unidos de território europeu.
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