A ACOPLAGEM DA nave Soyuz MS-17 À ESTAÇÃO ESPACIAL INTERNACIONAL
A acoplagem decorre a 400 km de altitude por cima do Brasil.
Kate Rubins, da NASA, e Sergey Ryzhikov e Sergey Kud-Sverchkov, da agência espacial russa Roscosmos, descolaram a bordo da nave Soyuz MS-17 às 10:45 (06:45 em Lisboa), das instalações de lançamento espacial situadas em Baikonur, no Cazaquistão, para um período de seis meses na estação.
A equipa conseguiu pela primeira vez fazer a viagem de 400 km que separa a Terra da Estação Espacial em três horas e três minutos, quando anteriormente as tripulações demoravam o dobro do tempo a chegar.
A acoplagem da nave Soyuz MS-17 com a plataforma orbital é feito em modo automático, mas pode ser feito manualmente se necessário.
O trio irá juntar-se ao comandante da NASA da estação, Chris Cassidy, e aos cosmonautas da Roscosmos Anatoly Ivanishin e Ivan Vagner, que estão no complexo desde abril e deverão regressar à Terra a 21 de outubro.
A nova tripulação deverá continuar a trabalhar em centenas de experiências biológicas, biotecnológicas, físicas e científicas da Terra.
Entre as missões a serem realizadas, está também a selagem das microfugas de ar detetadas na estação no final de agosto.
"Não existe uma instalação absolutamente estanque, sempre existiram e continuarão a existir microfugas, o problema é que uma das atuais é um pouco maior do que o esperado, mas não afeta a segurança da tripulação ou a capacidade de trabalho da estação", explicou o capitão de tripulação, Sergey Ryzhikov, na véspera do lançamento, na terça-feira.
A tripulação também deverá testemunhar a chegada, prevista para 01 de novembro, da missão SpaceX Crew-1, da empresa de transporte aeroespacial SpaceX, propriedade do empresário Elon Musk, que levará os astronautas da NASA Mike Hopkins, Victor Glover e Shannon Walker e o japonês Soichi Noguchi à estação espacial.
A Estação Espacial Internacional, um projeto de mais de 150 mil milhões de dólares em que participam 15 nações, consiste atualmente em 15 módulos permanentes, orbitando a uma distância de 400 quilómetros e a uma velocidade de mais de 27 mil quilómetros por hora.
Durante a conferência de imprensa na véspera do lançamento, em Baikonur, a astronauta norte-americana Kate Rubins referiu que a tripulação passou semanas em quarentena nas instalações de treino da Star City, a principal base de treino para os cosmonautas da Rússia, e depois em Baikonur, para evitar qualquer ameaça do novo coronavírus.