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9 mortos em operação da coligação internacional contra jihadistas na Síria

Esta notícia coincide com informações de vários media norte-americanos que indicam que o líder do Daesh, Abu Bakr al-Baghdadi, terá morrido numa operação militar no noroeste da Síria.

Alkis Konstantinidis/ Reuters

Pelo menos nove pessoas morreram durante a madrugada de hoje num ataque da coligação internacional liderada pelos EUA contra membros do grupo jihadista Daesh no noroeste da Síria, anunciou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

O ataque envolveu oito helicópteros e ocorreu depois da meia-noite, durante duas horas, contra uma casa e uma viatura perto da aldeia de Baricha, na província de Idlib, onde segundo o OSHD se encontravam "grupos próximos do Estado Islâmico".

"Não podemos confirmar nem negar a presença de Baghdadi", disse à France-Presse o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane.Segundo o responsável, o ataque terá sido "provavelmente" levado a cabo por helicópteros da coligação internacional liderada pelos EUA para combater o Daesh no Iraque e na Síria.Segundo o observatório, os 'jihadistas' responderam ao ataque da coligação, que deixou nove mortos e vários feridos graves que poderão fazer aumentar o número de vítimas mortais, disse a ONG.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou há umas horas no Twitter que "algo muito importante acaba de acontecer".

A publicação do 'tweet' coincide no tempo com a operação da coligação na Síria, mas até agora desconhece-se a que se referia Trump, que deverá falar nas próximas horas.Segundo as cadeias de televisão CNN e ABC e o jornal Washington Post, que citam altos responsáveis norte-americanos, Abu Bakr al-Baghdadi terá morrido numa operação militar dos EUA no nordeste da Síria.

Segundo a CNN, estão em andamento testes para confirmar formalmente a morte do líder do grupo extremista islâmico, responsável por vários ataques fatais a nível internacional. Uma outra fonte citada pela ABC indicou que al-Baghdadi se suicidou, ao detonar um colete de explosivos.

Questionado pela agência de notícias France-Presse, o Pentágono recusou-se a comentar.

"O Presidente dos Estados Unidos fará um anúncio muito importante amanhã [hoje] às 9:00 (13:00 em Lisboa) da Casa Branca", disse o porta-voz do executivo norte-americano, Hogan Gidley, sem fornecer mais detalhes.

A confirmar-se o desfecho da operação militar dos EUA, esta é a mais importante a visar um líder extremista desde a morte a 2 de maio de 2011 de Osama Bin Laden, líder da Al-Qaeda, às mãos das forças especiais norte-americanas, no Paquistão.

Esta operação ocorreu num momento de intensa atividade militar no norte da Síria.O regime sírio e o seu aliado russo aceleraram o envio de tropas para a fronteira sírio-turca, enquanto os norte-americanos anunciaram o reforço militar numa zona de petróleo mais a leste, sob controlo curdo.

Lusa

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