O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Jeremy Hunt, expressou esta segunda-feira o "apoio inabalável" do seu país a "Hong Kong e às suas liberdades neste dia de aniversário" do retorno deste território para a China.
"Nenhuma violência é aceitável, mas HK [Hong Kong] DEVE preservar o direito a protestos pacíficos sob a lei, como centenas de milhares de pessoas corajosas mostraram hoje", indicou Jeremy Hunt na sua conta da rede social Twitter.
Um grupo de centenas de manifestantes entrou hoje na sede do Conselho Legislativo de Hong Kong, depois de derrubar barreiras e quebrar janelas, perante a impotência das forças policiais.
O grupo descolou da manifestação que reuniu mais de 10.000 pessoas nas ruas de Hong Kong para exigir mais democracia, no 22.º aniversário do retorno à China da antiga colónia britânica (em 01 de julho de 1997).
Os manifestantes dizem que o Governo de Hong Kong não tem respondido às suas exigências de retirada completa de legislação de extradição contenciosa e de demissão da chefe do Governo, Carrie Lam.
Hoje, Lam tinha prometido que faria mais esforços para atender às vozes dos jovens que nas últimas quatro semanas se têm manifestado a favor de mais democracia e direitos cívicos.
A controvérsia da lei de extradição deu um novo impulso ao movimento de oposição pró-democracia de Hong Kong, despertando preocupações sobre o facto de a China estar a limitar os direitos garantidos a Hong Kong por 50 anos, sob o modelo de "um país, dois sistemas".
Os manifestantes também exigem um inquérito independente sobre as ações policiais durante o protesto de 12 de junho, quando usaram gás lacrimogéneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes que bloquearam o Parlamento no dia em que o debate sobre o projeto estava programado para ser retomado.
A polícia disse que o uso da força era justificado, mas a partir desse momento adotou táticas mais brandas, mesmo quando os manifestantes cercaram a sede da polícia nos últimos dias, atirando ovos e gritando 'slogans'.
Lusa