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UE mobiliza meios importantes para combater incêndios na Grécia, Suécia e Letónia

A União Europeia (UE) mobilizou meios importantes, desde segunda-feira, para ajudar no combate dos incêndios na Grécia, Suécia e Letónia, colocando à prova o seu mecanismo de proteção civil.

Alkis Konstantinidis

Cerca de sessenta bombeiros e os seus equipamentos partiram hoje do Chipre para a Grécia, onde 60 pessoas já morreram, e a Espanha vai enviar dois aviões Canadair, indicou hoje o gabinete do comissário europeu da Ajuda Humanitária e da Gestão de Crises, Christos Stylianides.

Outros países da UE propuseram outros meios de ajuda, acrescentou o gabinete.Oito Estados-membros - Espanha, França, Alemanha, Itália, Portugal, Lituânia, Dinamarca, Polónia e Áustria - responderam ao pedido de socorro lançado por Estocolmo e enviaram sete aviões Canadair, sete helicópteros e 340 bombeiros com 60 veículos.

Os fogos também atingem a Letónia, que recebe a assistência do satélite europeu Copernicus, precisou a Comissão Europeia.A multiplicação de incêndios e a sua localização, no extremo norte e sudeste, exigiriam a adoção da RescUE, proposta apresentada no fim de 2017 pela Comissão Europeia para dotar a UE dos seus próprios recursos operacionais, lembrou a Comissão Europeia.

No entanto, a iniciativa foi bloqueada pelos Estados-membros, lamentou o Executivo europeu.O mecanismo da proteção civil da UE que funciona desde 2001 é atualmente baseado num sistema voluntário.

A UE coordena as contribuições dos Estados no país que pediu a ajuda via Centro Europeu de Coordenação de Resposta de Urgência, sediado em Bruxelas.A proposta apresentada pela Comissão visa criar uma reserva de recursos assegurando uma reação da UE em matéria de proteção civil para ajudar os Estados-membros a fazer face às catástrofes quando as capacidades nacionais forem ultrapassadas.

A proposta foi submetida aos Estados-membros após a morte de quase 200 pessoas nos incêndios durante o verão e outono de 2017 em Portugal, em Itália, Espanha e França.

"O nosso sistema de intervenção atual atingiu os seus limites", advertiu o comissário Stylianides.A "reserva de capacidade" será constituída de aviões, helicópteros na luta contra os incêndios e equipamentos de bombeamento de água que seriam alugados com financiamento europeu.

A Comissão Europeia conservaria o controlo operacional desses meios de combate a incêndios e outras catástrofes.

Lusa

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