Durante a maior revista à marinha na história do Exército de Libertação Popular, que contou com 10.000 oficiais, 48 embarcações e o porta-aviões chinês Liaoning, Xi enalteceu o progresso notável da marinha chinesa, segundo a agência oficial Xinhua.
O Presidente chinês pediu aos soldados que acatem a liderança do Partido Comunista (PCC) e defendam com determinação os interesses nacionais.Xi Jinping pilotou o destruidor de mísseis Changsha, ouviu o hino nacional tocado por uma banda militar e inspecionou a guarda de honra, antes de começar a revista às embarcações, escreve a agência.
No mesmo dia, a China concluiu exercícios navais em Hainan, ilha no extremo sul do país, ilustrando as crescentes capacidades do país em defender os seus interesses marítimos e reclamações territoriais, sobretudo no Mar do Sul da China.
Pequim está a construir novos navios para equipar a sua marinha e guarda costeira, incluindo um porta-aviões de fabrico inteiramente doméstico.
A China reivindica quase todo o Mar do Sul da China, apesar das reivindicações do Vietname, Filipinas, Malásia e Brunei.
Nos últimos anos, construiu várias ilhas artificiais, capazes de receber instalações militares, em recifes disputados pelos países vizinhos.Este mar estratégico, por onde passam anualmente cerca de cinco biliões de dólares (4,2 biliões de euros) em mercadorias, terá vastas reservas de gás e petróleo.
As afirmações de Xi coincidem ainda com um renovar de tensões entre Pequim e Taiwan, devido ao apoio dos Estados Unidos ao governo da ilha.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, aprovou no mês passado o "Taiwan Travel Act", que encoraja altos representantes norte-americanos a viajar para Taiwan para encontros com os seus homólogos, assim como o inverso.
Os EUA são o aliado mais importante da ilha e o seu principal fornecedor de armas, apesar de os dois lados não terem relações diplomáticas, desde 1979.
Taiwan, a ilha onde se refugiou o antigo Governo chinês depois de o PCC tomar o poder no continente, em 1949, assume-se como República da China, mas Pequim considera-a uma província chinesa e ameaça usar a força caso declare independência.
Com Lusa