O CSIC, a principal empresa chinesa de construção naval militar, afirmou esta semana num comunicado que um navio de propulsão atómica poderá estar pronto a navegar dentro de sete anos, segundo o jornal de Hong Kong South China Morning Post.
A marinha chinesa tem já dois porta-aviões, ambos de propulsão clássica. O primeiro foi comprado à Ucrânia e restaurado na China; o outro, inaugurado em 2017, foi inteiramente desenhado e construído no país asiático.
O CSIC encarregou-se do restauro do primeiro e da construção do segundo, pelo que analistas afirmam que o navio de propulsão nuclear anunciado é um porta-aviões. No entanto, a empresa modificou o seu comunicado na quarta-feira, e eliminou referências a uma navio nuclear, referindo antes que trabalha em "tecnologias-chave":
"O panorama da segurança da China está a experimentar profundas alterações, e as ameaças à sua segurança marítima estão a aumentar"
Nos últimos anos, a China tem adotado uma política assertiva no Mar do Sul da China, que reclama quase na totalidade, apesar dos protestos dos países vizinhos. Os Estados Unidos, que têm onze porta-aviões nucleares, e a França, que tem um, são os únicos países do mundo com porta-aviões propulsionados por reatores atómicos.
Lusa