Nicolás Maduro, que também adiantou que alegadamente tentavam sabotar a distribuição de combustível, afirmou, na sequência de um encontro com trabalhadores da estatal Petróleos da Venezuela SA (PDVSA), durante o qual se referiu à detenção de dirigentes da empresa por alegada corrupção:
"Descobrimos laços diretos com a embaixada dos Estados Unidos na Venezuela para provocar um retrocesso na indústria petrolífera e uma greve silenciosa, o que baixaria a produção de petróleo. Senhores que tinham comando e poder (...) estavam a roubar petróleo diretamente, traziam barcos internacionais que enchiam de crude ou produtos derivados e cobravam em contas pessoais".
Nicolás Maduro afirmou estar na disposição de suspender o abastecimento de petróleo aos Estados Unidos que ronda os 750.000 barris diários, segundo a imprensa venezuelana:
"Caro Presidente Donald Trump: Você decide, compadre. Se quiser que continuemos a vender-lhe petróleo, vender-lhe-emos petróleo, mas se um dia você deixar que os loucos extremistas da direita lhe aqueçam as orelhas o aconselhem mal, a Venezuela irá agarrrar nos seus barquinhos e levar o petróleo ao mundo".
Segundo Nicolás Maduro, a Venezuela não terá qualquer problema em "vender todo o petróleo à Ásia". O chefe de Estado venezuelano queixou-se ainda da "perseguição financeira" de Washington contra a Venezuela, através das sanções económicas impostas em agosto, as quais proíbem às empresas e cidadãos norte-americanos de renegociar títulos da dívida pública e da petrolífera estatal venezuelana.
Segundo o Ministério Público venezuelano, mais de 50 dirigentes petrolíferos foram detidos por suspeita de corrupção.
Lusa