Mais de 50.000 crianças terão morrido no Iémen em 2017, indicou a organização Save the Children, assinalando que o bloqueio da coligação liderada pela Arábia Saudita e que combate os rebeldes iemenitas pode aumentar a taxa de mortalidade.
Após o disparo de um míssil no início de novembro pelos rebeldes xiitas intercetado sobre a capital saudita, a coligação árabe acusou o Irão de fornecer aquele tipo de míssil aos Huthis e reforçou o bloqueio marítimo, aéreo e terrestre ao país.
No fim de semana, o bloqueio foi aliviado ligeiramente, mas tal foi considerado insuficiente pela ONU e organizações não-governamentais, que alertaram contra os riscos da fome aumentar devido ao cerco.
Para a ONU, o Iémen constitui a primeira das crises humanitárias mundiais, com 17 milhões de pessoas a precisarem de ajuda alimentar, das quais sete milhões arriscam a fome.
O Iémen é palco há dois anos e meio de uma guerra que opõe o Governo, apoiado pela coligação árabe, aos rebeldes Huthis, aliados a unidades do exército que permaneceram fiéis ao ex-Presidente Ali Abdallah Saleh e acusados de ligações ao Irão.
Segundo a ONU, o conflito já causou mais de 8.650 mortos e cerca de 58.600 feridos, entre os quais numerosos civis.
Lusa