"Mais uma vez, pedimos à Coreia do Sul e aos Estados Unidos que levem a sério as preocupações e interesses de segurança da China", afirmou Geng Shuang, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros.
Geng apelou a Seul para que "trave a implantação do sistema e retire todo o equipamento em questão". "Fizemos fortes protestos junto da Coreia do Sul", acrescentou, em conferência de imprensa.
Na sequência de um novo teste nuclear norte-coreano - o mais forte até à data - Seul anunciou o reforço, no seu território, do escudo antimíssil Thaad (Defesa Aérea de Alta Altitude). Dois lançadores de mísseis daquele sistema tinham já sido instalados, mas Seul congelou os restantes, justificando a sua decisão com o impacto para o meio ambiente.
A China considera o THAAD uma ameaça à sua própria segurança. "A nossa posição é clara, estável e firme", afirmou Geng Shuang.
A Coreia do Norte fez no domingo o seu sexto teste nuclear, desta vez com o lançamento de uma bomba de hidrogénio, a mais potente até à data. A bomba é um artefacto termonuclear que, segundo o regime de Pyongyang, pode ser instalado num míssil intercontinental.
A comunidade internacional condenou unanimemente o novo desenvolvimento de armamento norte-coreano.
A Coreia do Sul tem vindo já a fazer manobras e simulações de ataques e já admitiu autorizar os EUA a destacarem armas nucleares para o país.
Lusa