As urnas deviam ter encerrado às 18:00 em Caracas (23:00 em Lisboa), mas poucos minutos antes deste limite, o CNE anunciou que ia prolongar por mais uma hora as urnas de voto para as eleições da Assembleia Constituinte, "e sempre que haja eleitores à espera de exercer o direito de voto".
No domingo, foram chamados a votar mais de 19,8 milhões de venezuelanos para escolher os 545 membros da Assembleia Nacional Constituinte que vão redigir uma nova Constituição.
A escassas horas do fecho previsto das urnas, a aliança opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) -- que recusou participar nas eleições - afirmou que apenas 12% dos eleitores tinham participado no ato eleitoral.
A convocatória para a eleição foi feita a 01 de maio pelo Presidente, Nicolás Maduro, com o principal objetivo de alterar a Constituição em vigor, nomeadamente os aspetos relacionados com as garantias de defesa e segurança da nação, entre outros pontos.
A oposição venezuelana acusa Nicolás Maduro de pretender usar a reforma para instaurar no país um regime cubano e perseguir, deter e calar as vozes dissidentes e, por isso apelou à realização de manifestações hoje e na quarta-feira.
"Não reconhecemos este processo fraudulento, para nós é nulo, não existe", declarou, no domingo, o líder da oposição Henrique Capriles.
Capriles pediu aos venezuelanos que protestem hoje contra aquilo que considerou "um massacre" e "uma fraude eleitoral".
Na quarta-feira, dia em que a Assembleia Constituinte toma posse, Capriles convocou também a realização de uma manifestação de protesto em Caracas.
No domingo, a oposição venezuelana suspendeu os protestos em Caracas, na sequência do que disse ter sido uma "brutal" repressão das forças de segurança e também da forte presença policial nos pontos onde iam decorrer as manifestações, o que não evitou confrontos em vários locais.
O Ministério Público venezuelano indicou que pelo menos oito pessoas morreram na sequência dos protestos, mas a coligação opositora Mesa da Unidade Democrática disse serem 14 as vítimas mortais.
A convocatória para a eleição dos 545 membros da Assembleia Constituinte foi feita a 01 de maio por Maduro, com o principal objetivo de alterar a Constituição em vigor, nomeadamente os aspetos relacionados com as garantias de defesa e segurança da nação, entre outros pontos.
A oposição venezuelana, que decidiu não participar nas eleições, acusa Maduro de pretender usar a reforma para instaurar no país um regime cubano e perseguir, deter e calar as vozes dissidentes.
Com Lusa