Os dados do Observatório registam mais 8 falecidos que os 36 confirmados até agora pelo Ministério Público.
Por outro lado o OVSC denuncia que "há uma escalada de violência e julgamentos a cidadãos civis, em tribunais militares" de manifestantes que participaram nos protestos em abril e maio.
Segundo a ONG, entre 1 de abril e 7 de maio registaram-se 946 manifestações, na Venezuela, a maior parte deles no Distrito Capital e nos Estados venezuelanos de Carabobo, Miranda, Arágua e Lara.
Durante as manifestações mais de 1.700 pessoas foram detidas.
Por outro lado o OVCS explica que a violência e a repressão aumentaram desde que a 18 de abril o Presidente Nicolás Maduro ativou o programa de defesa Plano Zamora, que "promove e consolida ações conjuntas entre as Forças Armadas Venezuelanas (FAV) e civis armados, facultando-os inconstitucionalmente para atuar no controlo da ordem pública ou em qualquer outro âmbito".
"O OVCS lembra que as ações violentas, realizadas por civis armados, incorporados ao organograma das FAV, amparados no Plano Zamora, aumentam o expediente que em matéria de violações dos direitos humanos acumula o Estado venezuelano", explica.
Por outro lado, pede para acabarem com os julgamentos de civis em tribunais militares, que suspenda o Plano Zamora e suprima o uso da força potencialmente mortal no contexto das manifestações pacíficas e que seja proibido o uso sistemático de gases tóxicos para reprimir protestos pacíficos.
Lusa