"A matança indiscriminada de crianças, mulheres e homens com armas químicas é um lembrete trágico da brutalidade do conflito sírio e o regime sírio é o principal responsável pelas atrocidades na Síria", disse Donald Tusk durante uma conferência de imprensa em Atenas.
"Quem apoia o regime sírio também partilha a responsabilidade por este ataque", acrescentou o dirigente europeu, citado pela AFP.
O ataque de terça-feira em Khan Cheikhoun, uma aldeia na zona de rebeldes no noroeste da Síria, provocou a morte a 72 pessoas, incluindo 20 crianças, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, causando indignação na comunidade internacional.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, descreveu o ataque como "horrível", lamentando mais um "crime de guerra" que continua a ser cometido na Síria.
Washington, Paris e Londres já apresentaram um projeto de resolução ao Conselho de Segurança condenando o ataque e pedindo uma investigação completa e rápida da Organização para a Proibição de Armas Químicas.
Os médicos na aldeia de Khan Cheikhoun descrevem que os sintomas dos pacientes são semelhantes aos encontrados nas vítimas de um ataque químico, exemplificando com as pupilas dilatas, convulsões e espuma a sair da boca.