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Administração Trump entrega dossiê ao Congresso sobre espionagem

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos entregou na sexta-feira um dossier aos comités de inteligência da Câmara dos Representantes e do Senado com informação sobre a alegada espionagem do Presidente Donald Trump pelo antecessor Barack Obama.

Durante o encontro com a chanceler alemã Angela Merkel, Trump disse que os dois têm algo em comum, já que ambos foram vítimas de espionagem por Obama
© Jonathan Ernst / Reuters

A informação foi confirmada pelo presidente do Comité de Inteligência da Câmara dos Representantes, o republicano Devin Nunes, que disse estar satisfeito com as informações fornecidas pelo Governo sobre a "possível espionagem" a Trump e ao seu círculo próximo.

Nunes tinha alertado o Departamento de Justiça que se voltasse a não cumprir o prazo de entrega de documentos - fixado inicialmente para a passada segunda-feira - e não apresentasse as provas, o comité podia convocar audiências para reunir informações.

Devin Nunes não esclareceu, no entanto, se o conteúdo do dossier entregue pelo Departamento de Justiça confirma ou não as acusações de Trump contra Obama, apesar de fontes legislativas citadas pela CNN já o terem negado.

O Congresso vai começar nos próximos dias as primeiras audiências públicas sobre a alegada ingerência da Rússia nas últimas eleições presidenciais e os alegados contactos da campanha republicana com o Kremlin.

Nunes pediu ao Governo, bem como às agências de serviços secretos norte-americanas (CIA, NSA e FBI) que entreguem documentos sobre o assunto antes do início das sessões.

No passado 4 de março, Trump acusou Obama de ter colocado sob escuta "as comunicações telefónicas da Trump Tower de Nova Iorque durante a campanha eleitoral, algo que o ex-presidente negou."Terrível! Acabo de saber que Obama tinha os meus telefones na Trump Tower sob escuta", afirmou numa série de mensagens divulgadas na sua conta na rede social Twitter.

Na sexta-feira, durante o encontro com a chanceler alemã Angela Merkel, Trump disse que os dois têm algo em comum, já que ambos foram vítimas de espionagem por Obama. Trump referia-se ao programa de vigilância norte-americano que afetou, entre outros, os aliados europeus, e que foi denunciado em 2013 pelo ex-analista da NSA, Edward Snowden.

Lusa

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