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EUA impõem multa de 1,2 mil milhões de dólares a grupo chinês ZTE

O grupo chinês de telecomunicações ZTE aceitou pagar 1,2 mil milhões de dólares aos Estados Unidos por ter exportado material para o Irão e a Coreia do Norte violando sanções, anunciaram hoje as autoridades norte-americanas.

© Barry Huang / Reuters

Este montante recorde de penalização (equivalente a 1,13 mil milhões de euros) num caso de exportações ilegais ocorre num momento em que a administração Trump ameaça endurecer as relações com a China, acusada de práticas comerciais desleais.

Após um longo inquérito que teve origem ainda durante a presidência do presidente Barack Obama, o grupo chinês admitiu a sua responsabilidade por ter exportado centenas de milhões de dólares de material de telecomunicações fabricadas nos Estados Unidos para o Irão e a Coreia do Norte, dois países na lista negra norte-americana, anunciaram os ministérios norte-americanos do Comércio, Tesouro e Justiça.

O grupo admitiu também ter fornecido informações falsas às autoridades para esconder estas práticas.

O ZTE terá de pagar no imediato 892 milhões de dólares e vai estar nos próximos sete anos sob ameaça de uma sanção suplementar de 300 milhões de dólares em caso de nova irregularidade, nos termos do acordo anunciado hoje e que deve ser aprovado pela justiça.

O secretário do Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, considerou que se trata de um aviso ao mundo inteiro: "Os que violam as sanções económicas não ficarão impunes e vão enfrentar as piores consequências".

Já em 2014 o banco francês BNP Paribas aceitou pagar às autoridades norte-americanas perto de 9 mil milhões de dólares de multa por transações ilícitas que também envolviam o Irão.

Lusa

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