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Administração Trump em guerra declarada aos jornalistas

A administração Trump prossegue com a guerra aberta aos jornalistas e fala em "factos alternativos". O porta-voz da Casa Branca usou a primeira conferência de imprensa oficial para criticar a imprensa e defender a tese de manipulação. Tomando como mote a cobertura da tomada de posse de Donald Trump, Sean Spicer garantiu que foi "a maior audiência de sempre a testemunhar uma tomada de posse presidencial". As imagens dos fotojornalistas e das câmaras de televisão dizem outra coisa.

As multidões presentes nas tomadas de posse de Donald Trump (à esquerda) e de Barack Obama (2009), à direita.
© Reuters Staff / Reuters

Sean Spicer chamou os jornalistas para dar conta das atividades do primeiro dia do novo Presidente, mas acabou por passar logo ao ataque e acusou a comunicação social de dar noticias deliberadamente falsas desde que Trump tomou posse.

O assessor deu como exemplo as fotografias divulgadas na cerimónia de investidura de Donald Trump. Disse que as mesmas foram "enquadradas" de forma a minimizar o apoio que o novo Presidente recebeu.

Kellyanne Conway, secretária de imprensa da Casa Branca, foi entretanto ao programa "Meet the Press" da NBC defender que a equipa de Trump tem "factos alternativos".

O apresentador, Chuck Todd, apressou-se a responder: "Factos alternativos não são factos. São falsidades."

Apesar da tese de manipulação defendida pela nova administração, as imagens de satélite - obtidas a partir do mesmo local, quer em vídeo quer em fotografia, das posses de Obama em 2009 e a de Trump em 2017 -, mostram o parque National Mall cheio, contra um a dois terços da sua capacidade.

Há, no entanto, um outro número da tomada de posse - o das audiências televisivas. A investidura de Trump foi a quinta mais vista desde que são feitas medições - com mais de 30 milhões de espectadores.

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