A Organização não-governamental adiantou que apoiantes do grupo extremista Estado Islâmico montaram postos de controlo para impedir a entrada em Bukamal das pessoas que fugiram de Mossul e de outras áreas sírias sob o controlo dos radicais.
Paralelamente, na vizinha província de Raqa prosseguem os combates entre as Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança armada curdo-árabe apoiada pela coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, e os extremistas.
As FDS anunciaram no domingo o início de uma operação militar para expulsar o EI da cidade da Raqa, capital de facto do "califado" proclamado pelo EI em junho de 2014.
O Observatório indicou que a primeira fase da ofensiva visa isolar Raqa com o corte de estradas que conduzem à cidade.
O ataque contra Raqa coincide com a ofensiva do exército iraquiano e seus aliados contra Mossul, principal reduto dos extremistas no Iraque.
Separadas por quase 400 quilómetros, Mossul e Raqa são as duas últimas cidades controladas pelo EI, que perdeu uma grande parte dos territórios conquistados em 2014 na Síria e no Iraque.
Washington, que dirige a coligação internacional anti-jihadista, confirmou o início das operações para isolar Raqa.
Batizada de "Cólera do Eufrates", a ofensiva começou no sábado à noite sob o comando das FDS.
O porta-voz da FDS, Talal Sello, admitiu que em Raqa, onde os jihadistas estão implantados no seio da população, a "batalha não será fácil". Precisou que a operação se desenrolará em duas etapas: libertar a província de Raqa para isolar a cidade e, depois, tomar a cidade.
A coligação internacional, coordenada pelos norte-americanos, dispõe de diverso equipamento militar e conta com o apoio de cerca de 50 conselheiros e peritos norte-americanos.
Segundo informações militares, a FDS é formada por 30 mil combatentes, sendo que dois terços são curdos.
Lusa