"Operação militar na zona de Iqbal: 50 suspeitos detidos", informou o governo da província do Punjab, de que Lahore é a capital, na conta oficial do Twitter, sem adiantar pormenores sobre as operações.
O diretor geral do Gabinete de Informações do Exército paquistanês, Asim Bajwa, indicou nessa mesma rede social que os militares levaram a cabo várias operações contra grupos insurgentes ao longo de toda a noite de domingo e madrugada de hoje.
"Os serviços de inteligência, apoiados pelo Exército e pelo corpo de «Rangers» fizeram cinco operações em Lahore, Faisalabade e Multan. As operações continuam e com novas pistas", acrescentou o general paquistanês.
O porta-voz militar adiantou também que, além das detenções de supostos terroristas e colaboradores do ataque foram apreendidas armas e munições, sem quantificar.
Segundo o canal de televisão paquistanês Geo TV, entre os detidos encontram-se três irmãos do principal suspeito de ter cometido o atentado suicida, um jovem de 28 anos natural do sul da província do Punjab que estudo durante vários anos numa madrassa (escola islâmica).
O número de mortos no ataque subiu hoje para 72, entre eles 18 mulheres e 17 crianças, enquanto o de feridos aumentou para 359, 20 deles em estado grave.
O primeiro-ministro do Paquistão, Nawaz Sharif, viajou hoje de manhã para Lahore, tendo-se já reunido com as autoridades locais e visitado vários hospitais onde sem encontram várias vítimas do atentado.
O atentado ocorreu na tarde de domingo no parque Gulshan Iqbal, próximo de um parque infantil, cheio de famílias que ali se encontravam.
O ataque foi reivindicado pelo Jamaat al Ahrar, cisão do principal grupo rebelde do Paquistão, o Tehrik-e-Taliban Pakistan (TTP).
"Reivindicamos a responsabilidade por este ataque contra os cristãos que celebravam a Páscoa", disse o porta-voz do grupo extremista, Ehansullah Ehsan, ao diário paquistanês The Express Tribune.Lusa