O texto legal, discutido desde segunda-feira em procedimento acelerado, cria também um novo delito, o de "empresa terrorista individual", e permite o bloqueio administrativo de páginas internet que glorifiquem o terrorismo.
Todos os partidos políticos apoiaram a proposta de lei, à exceção dos Verdes, que se abstiveram, por considerarem que o texto não contém garantias suficientes de respeito das liberdades.
O texto tem ainda de ser debatido e aprovado pelo Senado, a câmara alta do parlamento francês, o que está previsto para outubro.
A interdição de viajar prevê a apreensão do bilhete de identidade e do passaporte dos suspeitos por seis meses, prazo renovável até um máximo de dois anos.
Os nomes dos suspeitos serão sinalizados no Sistema de Informação Schengen, utilizado pelos países que integram o espaço europeu de livre circulação.
A violação da proibição de viajar é punida com pena de prisão até três anos e 45.000 euros de multa, além de implicar a detenção dos suspeitos no regresso a França.
A lei permite por outro lado às autoridades pedir às empresas fornecedoras de acesso à internet que bloqueiem páginas que façam a apologia do terrorismo, seguindo regras semelhantes às que existem contra as páginas de pornografia infantil.
Segundo o Ministério do Interior francês, pelo menos 930 cidadãos franceses, incluindo 60 mulheres, participam ativamente na 'jihad' no Iraque e na Síria ou planeiam participar, um aumento de 74% em oito meses.
No início desta semana, seis pessoas foram detidas no leste de França por suspeita de recrutarem candidatos à 'jihad'.
Quando estiver definitivamente aprovada, esta legislação tornar-se-á na 15. lei antiterrorista aprovada em França desde 1986.
Lusa