Mundo

UE condena a entrada do comboio humanitário russo em território da Ucrânia

A União Europeia condenou hoje a entrada  de um comboio humanitário russo em território da Ucrânia considerando que  se trata de uma "clara violação fronteiriça" e instou Moscovo a reconsiderar  a operação. 

© Alexander Demianchuk / Reuter

"Deploramos a decisão da Rússia, de introduzir ajuda humanitária em  território da Ucrânia sem a escolta do Comité Internacional da Cruz Vermelha  (CICV) ", disse o porta voz da União Europeia, Sebastien Barbant em comunicado.

"Trata-se de uma clara violação da fronteira ucraniana", sublinhou Brabant,  que explicou que a entrada da coluna constituída por 34 camiões russos através  da região de Lugansk, controlada pelas milícias separatistas, vai contra  os acordos estabelecidos entre a Ucrânia, a Rússia e o CICV. 

"Instamos a Rússia a reconsiderar a decisão", acrescentou o porta-voz.

A União Europeia insistiu várias vezes junto de Moscovo sobre a questão  argumentando que a entrada dos veículos em território ucraniano só podia  acontecer depois do consentimento de Kiev e que, à luz do direito internacional,  o comboio "deve ter um carácter estritamente humanitário e deve contar também  com a escolta do CICV". 

Bruxelas felicitou as autoridades ucranianas pela "moderação" e pela  disposição na manutenção do diálogo para "evitar uma escalada da crise.

De acordo com o comunicado, a Ucrânia deve fazer respeitar a soberania,  a integridade territorial, a unidade e a independência do país. 

As autoridades ucranianas denunciaram hoje a entrada do comboio humanitário  russo no país, um gesto que foi considerado como um ato de "invasão", enquanto  a Cruz Vermelha confirmou que não está a acompanhar a coluna de veículos  da Rússia. 

"Reiteramos que a assistência humanitária russa deve entrar (no leste  da Ucrânia) mas só depois do pleno respeito pela lei e dos princípios humanitários  internacionais, ou seja, através de uma organização humanitária internacional  e sob a concordância do governo da Ucrânia", refere a mesma nota da União  Europeia. 

"Isto implica que, nomeadamente, devem ser enviados todos os pormenores  relativos à ajuda humanitária e que seja garantida a segurança do pessoal  do CICV e dos veículos durante toda a operação, já que o CICV não aceita  escoltas armadas", conclui. 

 

Lusa

Últimas