Num comunicado enviado à agência Lusa, a representação diplomática começa por explicar que, a 01 de novembro, o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, "deu as boas-vindas à época natalícia" e participou com os seus ministros no "Pregão do Natal, uma tradição cultural anual, prenúncio do amor, da felicidade e do reencontro da família", num ato que foi mal interpretado.
"Estas boas-vindas à época natalícia parecem ter confundido a maioria dos meios de comunicação nacionais e internacionais, que, no seu empenho por ter 'primícias' notícias em primeira mão sobre a Venezuela recorrem ao trilhado hábito de distorcer o discurso do Presidente venezuelano, tirando do contexto as suas palavras e, portanto, informando mal a sociedade", refere a nota.
Segundo a embaixada nos títulos da imprensa lia-se: "Nicolás Maduro antecipa o natal"; "Maduro antecipa o Natal, duas semanas antes das eleições"; "Nicolás Maduro antecipa o Natal por decreto para ganhar as eleições", tudo em alusão às palavras do chefe de Estado venezuelano quando disse "quisemos decretar a chegada do Natal, porque queremos a felicidade para todo o povo, a paz para todos".
"Estes artigos sugerem que o Natal foi antecipado e não o que realmente quis dizer o Presidente Maduro no sentido de dar início à época natalícia na Venezuela, que, como todos os anos, começa com feiras, atividades culturais nos espaços públicos, recuperados pelo Governo Bolivariano, concertos e interpretações" musicais, num período em que o povo "recebe o subsídio de natal para as suas compras e arranjos natalícios", lê-se no comunicado.
Este ato, segundo o documento, "que causou tanta 'confusão' nos meios de comunicação foi só um apelo" de Nicolás Maduro "à paz e à concórdia".
"Em relação ao tão falado Decreto Oficial que, conforme a imprensa, antecipa o natal na Venezuela -- e que foi lido pelo ministro da Cultura, Fidel Barbarito -- não é um instrumento legal, mas um texto de humor com conteúdo social, escrito pelo jornalista Roberto Malaver, que invoca a partilha com a família durante a temporada de natal, apelando para a suprema felicidade do povo", conclui.