"Encontramo-nos, o Presidente alemão, o Presidente francês, com a mesma indignação, a mesma condenação" após o ataque químico de 21 de agosto na Síria, declarou Hollande em Paris, numa conferência de imprensa conjunta com o chefe de Estado alemão, Joachim Gauck.
"É a Europa que deve também unir-se em torno deste dossier. Ela fá-lo-á, cada um com a sua responsabilidade", acrescentou, quando a França está, até agora, isolada na Europa no seu apoio a uma ação armada na Síria.
"Quando um massacre químico ocorre, quando o mundo é dele informado, quando as provas são apresentadas, quando os culpados são conhecidos, então, deve haver uma resposta. Esta resposta da comunidade internacional é esperada", insistiu o Presidente francês.
Mesmo os mais próximos aliados de França, como a Bélgica, se demarcaram até agora da posição francesa a favor de uma ação militar na Síria.
Uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia está agendada para sábado em Vilnius, o que poderá dar-lhes oportunidade para aproximarem os respetivos pontos de vista.
Os dois Presidentes pronunciaram-se também a favor de uma reação da comunidade internacional em relação a Damasco.
"Deve haver uma resposta", disse François Hollande.
"Isto pede uma reação apropriada. É inadmissível que um ditador possa agir impunemente e quebrar um tal tabu sem consequências", insistiu Joachim Gauck, que iniciou hoje uma visita de Estado de três dias a França.
"Será possível chegar a um acordo internacional sobre a resposta apropriada" a dar à Síria, considerou ainda o chefe de Estado alemão, a dois dias de uma cimeira do G20 na Rússia que se prevê tensa com Moscovo, aliado de Damasco e hostil a qualquer intervenção militar estrangeira na Síria.
A chanceler alemã, "Angela Merkel, pensa que durante os próximos encontros, por exemplo na cimeira do G20, será possível alcançar um acordo internacional sobre a resposta apropriada em relação à Síria", precisou Gauck.
Lusa