O dia começou com bloqueios em vários pontos. Lyon, Rennes, Marselha passaram por tensão. Os cortes de estradas com queima de ramos de árvores ou com rails de metal. A estratégia estava definida: Bloquear Tudo. Foi implementada no dia da troca de pastas.
Sai François Bayrou e entra o até agora ministro da Defesa, Sébastien Lecornu, com vontade de mudar de rumo, enquanto chefe do Governo.
O Executivo tem repetido: a França não aguentará o nível de dívida e de gastos do Estado. Em Paris, à constante provocação, as manifestações da extrema-esquerda - que exige legislativas antecipadas - tiveram esta reação policial. A extrema-direita, o terceiro partido mais votado há um ano, também sublinha uma ameaça. Muitos na sociedade rejeitam as intenções de Emmanuel Macron.
Os manifestantes usaram, na sua maioria, máscara, o que dificulta a posterior identificação criminal. Por exemplo, de responsáveis por incêndios como o que sofreu este restaurante. Para não sofrer o mesmo, a prevenção de algumas lojas foi levada a sério: chapas de madeira à porta para não haver comércios destruídos.
Os canhões de água da polícia serviram para dispersar os protestos. Neste cenário de impasse, a revista satírica Charlie Hebdo sugere que se desbloqueie tudo, metendo os líderes políticos num desgovernado ascensor amarelo, numa referência à tragédia no Elevador da Glória.