"Mostraram-nos uns relatórios que não continham nada de concreto: nem coordenadas geográficas nem nomes nem provas de que as amostras foram recolhidas por profissionais", disse Lavrov, citado pela agência Interfax, ao inaugurar o novo ano letivo no Instituto de Relações Internacionais de Moscovo.
O ministro russo acrescentou que, nos documentos em causa, não é referido o facto de numerosos especialistas apresentarem sérias dúvidas sobre as imagens de vídeo que circulam na internet do alegado ataque com armas químicas.
"Também o que os nossos parceiros norte-americanos, britânicos e franceses nos mostraram antes, nos últimos tempos, não nos convence minimamente", reiterou.
Lavrov indicou que, quando Moscovo pede detalhes concretos, os países referidos "respondem que tudo é secreto" e que, por isso, não os podem apresentar.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou no domingo que o seu país tem provas de que o regime sírio usou gás sarin no alegado ataque com armas químicas na periferia de Damasco a 21 de agosto.
Amostras de cabelo e sangue das vítimas desse ataque, no qual morreram 1.429 pessoas, segundo os Estados Unidos, "tiveram resultado positivo" por exposição ao gás sarin, indicou Kerry em entrevista a cadeias de televisão.