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Funcionária da limpeza de Belém é segunda pessoa morta em protestos no Brasil

Uma funcionária da limpeza pública de Belém faleceu hoje de manhã após inalar gás lacrimogéneo durante as manifestações  de quinta-feira, informa a imprensa brasileira, tornando-se a segunda vítima  mortal desde o início dos protestos. 

FELIPE TRUEBA

A vítima, uma mulher de 54 anos, trabalhava fazendo a limpeza noturna  do centro de Belém, capital do estado do Pará, no nordeste brasileiro, quando  os protestos se agravaram, gerando confrontos entre manifestantes e polícias.

Os funcionários terão tentado proteger-se escondidos dentro de um monumento  turístico. 

A Polícia Militar afirmou, em declarações à "Folha de São Paulo", que  somente após um exames médicos poderá ser possível dizer se houve de facto  responsabilidade da polícia na morte da mulher "gari". 

Esta é a segunda morte registada devido aos protestos. Na quinta-feira,  um jovem de 18 anos faleceu após ser atropelado por um carro que tentou  cortar o bloqueio dos manifestantes na cidade de Ribeirão Preto, em São  Paulo, em uma rua que estava fechada pelo protesto. 

O condutor fugiu após o atropelamento, deixando ainda outras três pessoas  feridas. 

Os protestos começaram no início de junho em São Paulo, exclusivamente  contra a subida das tarifas dos transportes públicos, mas estenderam-se  a outras cidades no Brasil e de outros países. 

A repressão policial às manifestações motivou outras pessoas a protestarem  pela paz e pelo direito de manifestação, bem como outras queixas, entre  quais corrupção e a falta de transparência.  

Em particular, as manifestações criticam os elevados gastos com a organização  de eventos desportivos como o Mundial2014 e os Jogos Olímpicos de 2016,  em detrimento de outras áreas como a saúde e a educação.  

Lusa    

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