São já vários os países que ameaçam não participar na Eurovisão se Israel marcar presença. O músico Salvador Sobral considera que Portugal também devia recusar participar. Contudo, acha esse cenário "irrealista" e acusa o ministro dos Negócios Estrangeiros de ser "muito cobarde".
Questionado sobre o isolamento israelita e a contestação de vários países sobre a participação israelita na Eurovisão, o artista defende que Israel não devia participar.
"Se eu fosse artista israelita nunca participaria na Eurovisão. É dinheiro público, do Estado israelita, que leva o país à Eurovisão", afirma.
Já cinco países - Espanha, Irlanda, Eslovénia, Islândia e Países Baixos - ameaçam não participar se Israel marcar presença. Nesse sentido, o músico considera que Portugal devia tomar a mesma decisão. Contudo, acha "irrealista" pensar que todos os países vão boicotar o festival.
"Considero Paulo Rangel muito cobarde. Gostaria muito que Portugal saísse pelo simbolismo", afirma.
A próxima edição da Eurovisão acontecerá em maio de 2026, na Áustria.
Em entrevista na SIC Notícias, Dá como exemplo a ida de uma ex-autarca de Barcelona na flotilha humanitária até Gaza: "Imagina Carlos Moedas? Também não imagino Paulo Rangel."
O vencedor da Eurovisão 2017 não poupa críticas ao Governo. Diz que Pedro Sánchez, chefe do Governo espanhol, tem "mais coragem" que o Governo português. A AD "o que faz é agradar aos votantes do Chega com medo que continuem a votar Chega", acusa.
Salvador Sobral defende ainda que a Europa tem "dois pesos e duas medidas" comparando Israel com a Rússia.