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Cinco cidades brasileiras registam confrontos entre manifestantes e polícias

Pelo menos cinco cidades brasileiras  registaram confrontos entre manifestantes e polícias durante os protestos  realizados hoje em mais de 80 municípios do país, entre elas Brasília e  Rio de Janeiro. 

(Reuters)
© Sergio Moraes / Reuters

Em Brasília, cerca de 30 mil manifestantes ocuparam a praça dos Três  Poderes, onde se localizam as sedes do poder legislativo, executivo e judiciário  brasileiros. Ao tentarem aproximar-se dos edifícios, foram reprimidos por  polícias militares. 

Os agentes reagiram com gás de pimenta e bombas de efeito e os manifestantes  com pedras. Alguns deles entraram no espelho d'água em frente ao Congresso  Nacional e à sede do Ministério de Relações Exteriores.  

No Rio de Janeiro, um grupo isolado de manifestantes ateou fogo num  carro. Outras pessoas continuam a atirar pedras e tentam arrancar grades  e tapumes de proteção na região próxima a uma casa de espetáculos conhecida  como Terreirão do Samba. Antes, um grupo entrou em confronto com a polícia e há registo de pelo  menos sete feridos, entre eles um repórter da GloboNews, segundo informações  da própria emissora. 

Em Belém, um grupo de cerca de 15 mil pessoas concentrou-se na sede  do governo municipal, onde o prefeito Zenaldo Coutinho acabou por receber  alguns manifestantes. Entretanto, houve tumultos quando o governante apareceu,  e foram arremessadas pedras.  

A guarda-civil recuou para dentro do prédio, e o prefeito retirou-se  do local. A Polícia Militar foi acionada e agiu com bombas de efeito.  

Em Campinas, no interior do estado de São Paulo, também houve confrontos  com a polícia, quando manifestantes tentavam aproximar-se da sede do governo  municipal. A Polícia Militar conseguiu impedir a invasão do local, com bombas  de efeito.  

Na capital do estado, a cidade de São Paulo, uma pessoa ficou ferida  em confrontos entre manifestantes vinculados a partidos políticos e os que  se dizem apartidários. Bandeiras foram queimadas.  

À tarde, por volta das 17:30 horas (21:30 horas em Lisboa), houve confrontos  em Salvador, na Baía, quando os participantes do protesto tentaram aproximar-se  do estádio Arena Fonte Nova, onde haveria uma partida da Taça das Confederações.

As manifestações começaram no início de junho em São Paulo em protesto  contra o aumento nos preços das passagens do transporte público.  Aos poucos, os protestos tomaram proporção nacional e na quarta-feira  à noite as autoridades do Rio de Janeiro e de São Paulo anunciaram a revogação  do aumento das tarifas. 

Os protestos continuam hoje pedindo melhorias também nos setores de  saúde e educação e exigindo o fim da corrupção. 

     

Lusa

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