"Allah Akbar, Deus é o maior", cantavam milhares de palestinianos reunidos no coração de Ramallah, quando, em Nova Iorque, a Assembleia-Geral das Nações Unidas votava uma resolução em que reconhece "a entidade" palestiniana como 'Estado observador não-membro' por 138 votos a favor, 9 contra e 41 abstenções.
De acordo com as agências internacionais, os palestinianos dispararam tiros para o ar, assobiaram e abraçaram-se na Cisjordânia e em Gaza hoje, depois da votação em Nova Iorque.
À medida que os votos eram contados, havia silêncio entre as centenas de pessoas que se juntaram em Ramallah, na Cisjordânia. De repente, essas pessoas começaram a cantar quando foi anunciado o resultado da votação.
"Estou contente por terem declarado [a Palestina] um Estado, mesmo que seja só uma vitória moral. Há muitos tubarões por aí, mas sabe bem", afirmou à AFP Rashid al-Kor, 39 anos.
Lila Jaman, uma americana-palestiniana, envergava uma série de bandeiras da Palestina e tinha também uma fotografia do presidente norte-americano, Barack Obama, e do presidente palestiniano, Mahmud Abbas.
"Sinto-me tão bem, não consigo descrever o que sinto. É como se tivéssemos chegado ao fim de um túnel escuro. Com um Estado palestiniano, agora estamos unidos como povo e como liderança", relatou.
Lusa