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Jovens do grupo punk Pussy Riot transferidas de Moscovo para colónias penais em zonas remotas do país

As duas jovens do grupo punk Pussy Riot, condenadas  a dois anos de prisão por terem entoado uma canção contra o Presidente russo  num templo ortodoxo, foram transferidas para colónias penais diferentes,  afirmou Piotr Verzilov, marido de uma delas. 

Segundo a mesma fonte, Maria Aliokhina terá sido enviada para uma prisão  no distrito de Perm, na região dos Montes Urais, e Nadejda Tolokonnikova  para a Mordóvia, república situada a mais de 700 quilómetros a sudeste de  Moscovo.  

Mark Feiguin, um dos advogados de defesa, confirmou, em declarações  por telefone à Lusa, que as jovens foram transferidas durante o fim de semana,  "para que o impacto mediático fosse menor", mas acrescentou que ainda não  tem informações sobre as prisões onde elas se encontram agora. 

Em finais de agosto, um tribunal de Moscovo condenou três membros do  grupo punk Pussy Riot a dois anos de prisão por "hooliganismo". No início  de outubro, o tribunal da relação libertou com pena suspensa Ekaterina Samutzevitch,  mas manteve a pena inalterada para as outras duas. 

Os advogados de defesa recorreram da pena, mas isso não impediu que  as jovens tenham sido transferidas para colónias penais bem longe de Moscovo.

Esta condenação provocou ondas de protesto no interior e fora da Rússia,  tendo alguns conhecidos nomes da música, bem como organizações de defesa  dos direitos humanos, apelado à sua libertação. 

 

Lusa 

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