Cerca de duas semanas e meia depois seguem-se outros trabalhos. Depois das limpezas, é hora de fazer contas. Até ao momento foram participados perto de 14 mil e 700 sinistros cobertos por apólices de seguros. A maioria diz respeito a seguros de habitação e de atividades comerciais e industriais, mas estas contas estão longe de estarem concluídas.
As autarquias continuam a fazer levantamentos, sobretudo nas zonas mais afetadas. A passagem da depressão Martinho provocou graves estragos por praticamente todo o território. O vento intenso levou à queda de centenas de árvores, estruturas e postes. Também há registo de telhados danificados em habitações e escolas.
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Na Lourinhã, 13 pessoas ficaram desalojadas e duas na Azambuja. No balanço da Câmara Municipal de Lisboa, 22 escolas foram afetadas e em Loures 32. Por segurança, quatro chegaram mesmo a encerrar. Também em Coimbra, houve registo de escolas danificadas, assim como o antigo hospital pediátrico e outros edifícios municipais.
Durante o mês de março, os pedidos de reparação de telhados aumentaram 33% face ao mês anterior. A maioria dos pedidos foram feitos por pessoas do distrito de Lisboa, Setúbal, Santarém, Aveiro e Porto.
A depressão Martinho foi uma das quatro a atingir Portugal no mês de março. Os prejuízos rondam os 28 milhões de euros.