O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê uma ligeira descida da temperatura máxima e, apesar de não haver chuva no horizonte, o vento vai continuar a soprar forte. Por estes dias, aliás nas próximas noites, não se esqueça de um agasalho, vai dar-lhe jeito.
Por regiões, as temperaturas máximas vão rondar os 29º em Faro, 22º em Lisboa e 20º no Porto. Mas, se os dias vão manter-se amenos, o IPMA antecipa um “acentuado arrefecimento noturno”, sobretudo no Interior Norte, com os termómetros a descerem aos 5º em Bragança e 6º na Guarda.
Esta sexta-feira, o vento será moderado (20 a 35 km/h) do quadrante norte, soprando forte (35 a 50 km/h) e com rajadas até 80 km/h, no litoral oeste, no barlavento algarvio e nas terras altas e prepare-se para uma pequena descida da temperatura máxima.
Para sábado, o IPMA prevê uma ligeira diminuição da intensidade do vento, com rajadas até 60 km/h, no litoral oeste e nas terras altas, sobretudo durante a tarde, e uma subida - ainda que ténue - da temperatura máxima.
Se a ideia é ir à praia no fim de semana, talvez domingo seja um dia melhor. Apesar do vento, que vai continuar a soprar, os termómetros vão rondar os 25º de máxima em Lisboa, 24º no Porto e 27º em Faro.
Quanto à próxima semana, o cenário não será muito diferente, sendo que a partir de segunda-feira, as temperaturas noturnas/mínimas voltarão a ser mais amenas.
Maio não inverte abril quente e extremamente seco
Os primeiros dias de maio parecem não mudar o cenário a que assistimos em abril. De acordo com o boletim climatológico, divulgado esta semana pelo IPMA, o mês de abril 2023 foi o 4.º mais quente de sempre (a par com 2017, 2018) e o 3.º mais seco desde 1931 em Portugal Continental.
No mês em que Espanha e Portugal registaram “temperaturas recordes” e “condições excecionalmente mais secas do que a média”, o valor médio da temperatura máxima - 23.77°C - não só “foi muito superior (mais 5.59ºC)” como correspondeu “ao valor mais alto desde 1931”.
Há, aliás, um dia que se destaca: a 27 de abril registou-se uma “temperatura média de 22.21°C” e que ficará na história, por enquanto, como “o dia de abril mais quente dos últimos 16 anos em Portugal continental”.
Recorde-se que, no mês passado, houve ainda “três ondas de calor no território continental, que afetaram as regiões do interior Norte e Centro, vale do Tejo, Alentejo e sotavento Algarvio”.
O que praticamente não houve foi chuva. No que diz respeito à precipitação, abril de 2023 foi “o 3.º abril mais seco desde 1931 (mais seco 2017, 11.5 mm); precipitação total de 18.2 mm que corresponde a 23 % do valor normal”.
Um cenário quente e seco que teve consequências preocupantes: “um aumento significativo da área e da intensidade em seca meteorológica”. Maio chegou com 89% do território em seca e 34% em seca severa e extrema.