Os prejuízos causados pelas cheias e inundações em Loures ultrapassam os 20 milhões de euros, disse Ricardo Leão, presidente da Câmara Municipal de Loures.
Depois de ter reunido com a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, Leão fez o balanço do temporal no município, onde deu conta que 82 famílias foram afetadas pelas inundações.
Esta quarta-feira foi ainda anunciado que a Câmara de Loures vai dotar o Fundo de Emergência Municipal com um milhão de euros, para apoio a famílias e comerciantes afetados pelo temporal.
As famílias a apoiar - precisa a autarquia, em nota de imprensa - serão "aquelas cujo recheio das habitações ficou destruído pela intempérie dos últimos dias". Quanto ao apoio apoio a conceder aos comerciantes não são dados detalhes.
A Câmara de Loures recorda que, nos últimos dias, investiu "mais de 700 mil euros, ao abrigo do Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil" e que esse montante foi "gasto em maquinaria e empreitadas que visam a estabilização de taludes e a desobstrução de vias".
Na página oficial na internet, a autarquia indica ainda que "não foi possível proceder à reabertura de algumas vias rodoviárias":
- EN 250, entre Sacavém e Catujal;
- EN8, entre Ponte de Frielas e Flamenga;
- EN 250, em Frielas e nos acessos à A8;
- Rua Comandante Ramiro Correia (que liga Frielas a Unhos);
- EM 629, entre A-dos-Calvos e Vale Nogueira.
O município de Loures foi dos mais afetados do distrito de Lisboa pelas fortes chuvas que caíram nas últimas 48 horas, registando "danos causados pelos deslizamentos de terras, quedas de muros, de árvores, inundações e cheias".
O mais recente balanço feito pela autarquia dava conta de "mais de 160 ocorrências" registadas na terça-feira e "cerca de 440 operacionais" no terreno, envolvendo câmara municipal, juntas de freguesia, bombeiros, forças de segurança e Exército.
Registaram-se ainda "12 desalojados, que estão a ser acompanhados por técnicos da câmara municipal". As maiores inundações ocorreram em zonas habitualmente sensíveis, como a Baixa de Loures, a Flamenga e a Ponte de Frielas.
Fanhões, Lousa e Unhos foram zonas afetadas por quedas de terras, taludes e muros de contenção, que ocorreram sobretudo em áreas mais isoladas, com poucas habitações, com consequências ao nível da interdição de vias, segundo o presidente da autarquia, Ricardo Leão.
O município, que continua a apelar para que as pessoas evitem deslocações desnecessárias e para consultarem as informações divulgadas na página de internet e nas redes sociais, disponibiliza duas linhas telefónicas: uma para a comunicação de ocorrências (800 966 112) e outra para apoio municipal (800 100 176).