Meteorologia

IPMA espera "que cenário não se repita", mas se risco aumentar será "imediatamente" comunicado

Devido à previsão de chuva está em vigor um aviso amarelo, o primeiro dos três níveis de risco, o que significa que não se está "numa situação calma", explica Miguel Miranda, presidente do IPMA em entrevista à SIC Notícias.

SIC Notícias

Todos os distritos de Portugal continental estão em aviso amarelo por causa da chuva, as previsões apontam para um agravamento do estado do tempo entre as 09:00 e as 18:00 desta quarta-feira.

Miguel Miranda, presidente do IPMA, alerta que um aviso amarelo "mostra que não estamos numa situação calma", trata-se do "primeiro dos três níveis de risco". Ainda assim espera que o cenário que se viveu na terça-feira "não se repita", porém se houver “elementos suficientes para de uma forma objetiva determinar que o risco é superior imediatamente será comunicado”, assegura.

O presidente do IPMA aponta como caminho "começar a atacar situações que têm historicamente perigo acrescido" de cheias e inundações e "encontrar as estratégias suficientes para que esse perigo seja reduzido".

Apesar de acreditar que se tivessem sido tomadas medidas há mais tempo os resultados poderiam ser outros, Miranda explica que "mesmo em países muito ricos, com sistemas mais sofisticados, quando existem cheias rápidas existem prejuízos significativos".

Ou seja, “não vale a pena pensar que os riscos naturais só atacam aqueles que estão mais impreparados”. No entanto, Miguel Miranda salvaguarda que “as consequências são muito diferentes em função da preparação que existe para enfrentar estes riscos”.

Quanto a previsões para os próximos tempos, o responsável do IPMA afirma que "a situação de inverno rigoroso parece ter todas as condições de se manter".

Situações como a que se viveu esta terça-feira e na última quarta-feira "do ponto de vista da previsão da mudança climática serão mais frequentes e, provavelmente, alternadas com períodos de seca prolongada": "A mais complicada de todas as combinações", acrescenta.

"Uma seca prolongada leva-nos sempre a reduzir a atenção sobre esses fenómenos, leva-nos a situações de entupimento dos canais de escoamento de água e portanto, quando a seguir aparece um pico de precipitação é como se estivéssemos todos sido apanhados de surpresa."

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