Há insegurança em relação ao futuro e isso penaliza a economia de qualquer país. É deste modo e em clima de contestação que Moçambique dá posse esta quarta-feira ao novo Presidente da República, Daniel Chapo.
Os protestos em Moçambique têm sido acompanhados de pilhagens e destruição, sobretudo das empresas que trabalham na área da logística. Mais de 500 empresas foram vandalizas na últimas semanas e 12.000 postos de trabalhos estão em risco.
A tomada de posse de Daniel Chapo terá lugar esta quarta-feira, estando Portugal representado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, após afastada a possibilidade de o país se fazer representar pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
"Se não vem o chefe do Estado, é porque ele não concorda com o que aconteceu em Moçambique. Vir um ministro dos Negócios Estrangeiros não é que o que o Frelimo esperava", afirma o presidente do Renamo, partido da oposição que não estará presente na tomada de posse.
Mondlane critica Rangel
Ainda assim, nem toda a oposição viu com bons olhos a presença de Paulo Rangel no país.
O candidato presidencial derrotado Venâncio Mondlane acusou o ministro português de parcialidade e de "manipular" a opinião pública ao dizer que tem acompanhado o processo pós-eleitoral em Moçambique: “Não há trabalho feito da sua parte em relação ao diálogo em Moçambique. Pelo contrário, o senhor sempre foi parcial.
Numa nota enviada à SIC, Paulo Rangel diz que mantém tudo o que disse na entrevista de segunda-feira na Edição da Noite, da SIC Notícias, “sem tirar sequer uma vírgula”.