Violência em Moçambique

Em Moçambique, populares criam grupos de vigilância para proteger casas e evitar ataques

A violência em Moçambique, que já matou centenas de pessoas está a levar muitos moçambicanos a criarem grupos de vigilância popular. Juntam-se em bairros de Maputo, para guardarem as casas e evitar assaltos e ataques.

Teresa Canto Noronha

Juntam-se ao início da noite e continuam pela madrugada a patrulhar as ruas dos bairros onde vivem, em Maputo. A falta de segurança na capital moçambicana está a levar muitas pessoas a criarem grupos de vigilância para evitar os assaltos e ataques.

Para além dos confrontos que se vivem em Moçambique desde as eleições, a fuga de mais de 1.500 detidos da Cadeia Central de Maputo, no dia de Natal, fez aumentar o medo da população da cidade onde, para além da falta de segurança, há também falta de alguns bens e produtos essenciais. Nas bombas de gasolina, por exemplo, formam-se longas filas de espera.

Apesar dos apelos internacionais, e da mediação do Governo da África do Sul, a situação voltou a piorar depois de o Conselho Constitucional ter proclamado Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frelimo, como vencedor das últimas eleições presidenciais.

Os apoiantes do principal opositor, Venâncio Mondlane, que contesta os resultados e diz que houve fraude eleitoral, já prometeram mais protestos e contestação para as próximas semanas.

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