Vacinar Portugal

Covid-19: DGS apela aos portugueses para que mantenham confiança na vacina

Graça Freitas lembra que "a vacinação é necessária neste momento".

ANTÓNIO COTRIM

Lusa

SIC Notícias

A diretora-geral da Saúde apelou na quinta-feira para que os portugueses mantenham a confiança na vacina contra a covid-19, frisando que a vacinação "é neste momento necessária" e que os reforços servem para pôr "a imunidade num patamar muito elevado"

"Quero deixar aqui bem claro para se manter a confiança nas vacinas. Sempre dizemos que não sabíamos, que era uma incógnita, quanto tempo durava a imunidade", disse aos jornalistas Graça Freitas, numa conferência de imprensa realizada na sede do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde).

A diretora-geral da Saúde explicou que "há vacinas que se levam uma única vez na vida e que dão proteção para sempre", há outras que precisam de reforços na infância e outras que precisam de reforços na idade adulta, sendo a vacina do tétano uma das que requerer reforços ao longo da vida.

"É uma excelente vacina [tétano], mas tem um prazo de duração da sua imunidade ótima. Os reforços são isso, são para reforçar melhorar, voltar a pôr a imunidade num patamar muito elevado", precisou.

Graça Freitas realçou também que "a vacinação é necessária neste momento", como foi na primeira etapa.

Questionada se Portugal vai atingir a meta de 1,5 milhões de pessoas vacinas até dezembro, Graça Freitas respondeu que "é mais do que uma meta, é um desígnio nacional".

"Não depende da Direção-Geral da Saúde, nem do Serviço Nacional da Saúde, nem do núcleo que apoio, nem do Infarmed. O Estado português comprou as vacinas, as estruturas do Ministério da Saúde estão a trabalhar em conjunto, temos um núcleo de coordenação. Estamos preparados para vacinar, as administrações regionais de saúde têm a sua organização montada", disse

A responsável sustentou que esta meta depende da adesão à vacinação das pessoas residentes em Portugal.

"Atingir esta meta está nas mãos de todos nós. O inverno é uma estação agressiva para a nossa saúde", indicou.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou na quinta-feira as pessoas a partir dos 18 anos que receberam a vacina contra a covid-19 da Janssen vão poder receber uma dose de reforço após 90 dias da administração da primeira.

DGS ANALISA VACINA A VACINA

Graça Freitas disse que esta decisão surge porque há estudos internacionais que indicam uma diminuição da imunidade das pessoas que tomaram a vacina da Janssen.

A responsável avançou que se está a fazer neste momento "uma análise de vacina a vacina", estando o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge a estudar a efetividade das vacinas por marca.

A DGS também anunciou que, no caso das pessoas que entre a população que está já a receber a terceira dose da vacina - a partir dos 65 anos de idade, profissionais de saúde, do setor social e bombeiros -, passam a estar também incluídos os recuperados da doença que tenham recebido uma dose.

A DGS decidiu encurtar o intervalo entre a segunda dose e a terceira para um período de 150 a 180 dias, ou seja, cinco a seis meses.

RECUPERADOS DE COVID-19 VÃO RECEBER SEGUNDA DOSE

Graça Freitas explicou que os recuperados de covid-19 que vão receber a segunda dose totalizam 140.000 pessoas e o critério para a convocação da administração será a idade.

Segundo a diretora-geral da Saúde, 600.000 pessoas levaram o reforço da terceira dose da vacina contra a covid-19, a mais de um milhão foi administrada a vacina da gripe e cerca de 400.000 pessoas fizeram a coadministrarão destas duas vacinas.

REFORÇO VACINAL EM LARES DE IDOSOS "PRATICAMENTE CONCLUÍDO"

Graça Freitas deu ainda conta que a administração do reforço das vacinas nos lares de idosos "está praticamente concluída, à exceção daqueles que tiveram surtos de covid".

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.295 pessoas e foram contabilizados 1.115.080 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

SAIBA MAIS

► ESPECIAL VACINAR PORTUGAL

Últimas