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Recuperados há mais de três meses podem ser vacinados contra a covid-19 a partir de quarta-feira

As pessoas recuperadas há mais três meses podem ser vacinadas na modalidade de "casa aberta" em qualquer centro de vacinação de Portugal.

Yves Herman

Lusa

As pessoas recuperadas há mais três meses podem ser vacinadas contra a covid-19 a partir de quarta-feira na modalidade de "casa aberta" em qualquer centro de vacinação de Portugal continental, anunciou esta sexta-feira a task force que coordena o processo.

"Será possível a partir de amanhã, dia 1 de setembro, a vacinação de todos os utentes recuperados após 90 dias da notificação do caso. Para tal basta que esses utentes se desloquem a qualquer centro de vacinação de Portugal continental à sua escolha, recorrendo à modalidade "casa aberta"", adiantou a estrutura liderada pelo vice-almirante Gouveia e Melo.

Segundo a task force, esta possibilidade resulta de uma decisão da Direção-Geral da Saúde que "será vertida numa alteração à norma 002/2021 a divulgar oportunamente".

Até agora, a norma em causa previa que os recuperados da covid-19 há pelo menos seis meses podiam ser vacinados com uma dose de vacina, exceto nos casos de pessoas com imunossupressão. Para estas situações, está prevista a vacinação completa.

Os dados nacionais mais recentes indicam que Portugal tem já 72% da população com a vacinação completa e 80% com pelo menos uma dose de vacina contra a covid-19.

Delta é a única variante em circulação em Portugal

A variante Delta do vírus SARS-CoV-2 é a única em circulação em Portugal, sendo responsável por 100% das infeções em todas as regiões do país, anunciou esta terça-feira o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

"A variante Delta (B.1.617.2) apresenta uma frequência relativa de 100% na semana de 16 a 22 de agosto em todas as regiões, de acordo com os dados apurados até à data", refere o relatório do INSA sobre a diversidade genética do vírus que provoca a covid-19.

Segundo o instituto, as várias variantes que já circularam no país - entre as quais a Beta, a Gama e a Alpha, que chegou a ser a predominante - apresentam uma prevalência de 0%, o que quer dizer que não foram detetados casos destas estirpes do vírus nas últimas semanas.

No que se refere à Delta, identificada inicialmente na Índia e considerada mais transmissível do que a Alpha, do total de sequências analisadas desta variante, 66 apresentaram uma mutação adicional na proteína `spike´, uma sublinhagem conhecida por Delta Plus que tem "mantido uma frequência relativa abaixo de 1%" nas últimas semanas.

No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2, o INSA tem analisado uma média semanal de 559 sequências, obtidas de amostras colhidas aleatoriamente em laboratórios distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental e pelas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo uma média de 123 concelhos por semana.

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