"As medidas que deveriam ter sido tomadas, da responsabilidade do comando, e imediatamente a seguir ao início do incêndio, poderiam ter moderado os efeitos", afirmou o presidente da comissão, João Guerreiro, após ter entregado o relatório de 296 páginas ao presidente do parlamento, Ferro Rodrigues, e aos representantes dos grupos parlamentares, na Assembleia da República, em Lisboa.
Especialmente entre as 15:00 e as 16:00, poderia ter havido uma "antecipação de medidas", designadamente "a retirada das pessoas das aldeias", disse o ex-reitor da Universidade do Algarve, sublinhando que existem "mais de 100 pequenos aglomerados" na zona.
Para o presidente da comissão, deveria ter existido um "sistema de sensibilização e informação" para retirar as pessoas das aldeias.
"Se houvesse um sistema de sensibilização e informação, se o comando, na altura apropriada, entre as 15:00 e as 16:00, pudesse ter tido uma atuação para sensibilizar a população e de dar instruções de evacuação ou pelo menos de não saírem de casa, provavelmente os dramas que aconteceram não teriam acontecido", disse.
Com Lusa