Tragédia em Pedrógão Grande

As três perguntas do primeiro-ministro sobre a tragédia de Pedrógão

O primeiro ministro pediu esclarecimentos urgentes sobre o funcionamento da rede de SIRESP, no incêndio de Pedrógão Grande, e os motivos da ausência de encerramento da estrada nacional 236-I, onde morreu um elevado número de pessoas.

De acordo com o primeiro-ministro, "sem prejuízo da avaliação global que terá lugar no termo das operações ainda em curso, há três questões relativas à tragédia ocorrida em Pedrógão Grande no passado sábado", que entende "necessário esclarecer desde já".

"Houve no local circunstâncias meteorológicas e dinâmicas geofísicas invulgares que possam explicar a dimensão e intensidade da tragédia, em especial no número de vítimas humanas, sem paralelo nas ocorrências de incêndios florestais, infelizmente tão frequentes em Portugal?", começa por questionar o primeiro-ministro.

António Costa pergunta depois se é passível de confirmação que "houve interrupção no funcionamento da rede SIRESP (Rede Nacional de Emergência e Segurança)".

"Porquê, durante quanto tempo, se não funcionaram as suas próprias redundâncias e que impacto teve no planeamento, comando e execução das operações, como se estabeleceram ligações alternativas?".

"Porque não foi encerrada ao trânsito a Estrada Nacional (EN 236-I), foi esta via indicada pelas autoridades como alternativa ao IC 8 já encerrado e foram adotadas medidas de segurança à circulação nesta via?", pergunta ainda o líder do executivo.

"Para rápido esclarecimento, determino que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P., a Autoridade Nacional de Proteção Civil e a Guarda Nacional Republicana respondam, respetivamente, às três questões", especifica o primeiro-ministro.

O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 150 feridos, segundo um balanço provisório.

Com Lusa

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