O primeiro-ministro admite que o Governo vai tomar as rédeas da TAP, caso esta não garanta as rotas consideradas estratégicas para o país. A certeza foi deixada ontem por Luís Montenegro, quando falava sobre o processo de venda da companhia aérea.
Foi na cimeira do Turismo Português, esta sexta-feira, que o primeiro-ministro deixou uma garantia quanto à TAP.
“Se nós não tivermos as garantias de salvaguarda dessas rotas, do sentir estratégico, tomaremos nós as rédeas de gerir a operação. Não é isso que está no programa do governo, não é isso que pretendemos, mas isso é uma linha que não vamos permitir que seja ultrapassada.”
Luís Montenegro acrescenta que o país não pode abdicar de rotas fundamentais nem da centralidade do aeroporto de Lisboa.
“Jamais abdicaremos do hub em Lisboa, das rotas que são estratégicas para nós enquanto povo e enquanto economia e, além da diáspora, há geografias que são cruciais para o futuro do país e do turismo.”
O presidente da TAP Luís Rodrigues considera que a empresa tem de estar preparada para operar com ou sem privatização. E alertou que o mercado pode mudar radicalmente e não haver condições para a venda.