TAP: o futuro e as polémicas

Comissão de inquérito recebe Fernando Medina, Pedro Nuno Santos e Hugo Mendes esta semana

Hugo Mendes esteve envolvido no valor da indemnização de Alexandra Reis e, também, numa potencial alteração de voo do Presidente da República. Já no fim da semana, Pedro Nunos Santos retorna ao Parlamento, agora no âmbito da tutela da TAP.

SIC Notícias

Esta é uma semana decisiva nas audições na Comissão de inquérito à TAP, com os últimos responsáveis políticos a serem chamados a responder aos deputados. Pedro Nuno Santos e Fernando Medina fecham as audições, na quinta e na sexta-feira. Na quarta, é a vez do ex-secretário de Estado Hugo Mendes.

Foi Hugo Mendes que acordou o valor da indemnização a Alexandra Reis e foi também o ex-secretário de Estado que discutiu com a CEO da TAP a alteração de um voo de Marcelo Rebelo de Sousa, o que levou António Costa a garantir que, se tivesse tido conhecimento de tal, daria ordem para que fosse demitido na hora.

Agora, a hora de Hugo Mendes ir à Comissão de inquérito à TAP chegou, sendo esta quarta-feira que o ex-secretário de Estado de Pedro Nuno Santos
vai ser chamado a responder aos deputados.

Hugo Mendes abre a última semana de audições que também conta com Pedro Nuno Santos e Fernando Medina.

O ministro das Finanças responde na sexta-feira, depois de, ao longo dos últimos meses, noutras comissões, ter sido questionado sobre Alexandra Reis, a saída desta da TAP e a passagem para a NAV e a escolha que fez para que integrasse a equipa das Finanças como secretária de Estado do Tesouro.

Pedro Nuno Santos vai à Comissão de inquérito à TAP na quinta-feira à tarde, depois do reaparecimento na semana passada para ser ouvido no Parlamento, mas na comissão de Economia.

Pode assim empurrar para o âmbito do inquérito à TAP as questões mais sensíveis e as respostas concretas e específicas sobre Alexandra Reis, a forma de relacionamento com a ex-presidente executiva da TAP, o envolvimento de João Leão ou Fernando Medina e as responsabilidades de Hugo Mendes.

Foi por causa de Hugo Mendes que Pedro Nuno Santos justificou a decisão de se demitir, em dezembro do ano passado.

Depois de prolongado por 60 dias o prazo dos trabalhos da Comissão, as audições presenciais terminam.

Uma das que chegou a estar prevista e não se realiza é a da mulher de Fernando Medina, que foi diretora jurídica da TAP. Há respostas por escrito a acrescentar ao que se ouviu nos últimos meses nesta Comissão, de onde se espera que saia um relatório final a 13 de julho, dias antes do debate do Estado da Nação e do fecho da atividade parlamentar para férias.

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