A Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP enviou dois pedidos de levantamento de documentos para o Supremo Tribunal de Justiça. O objetivo será evitar que as sociedades de advogados que assessoraram a companhia aérea e a ex-administradora Alexandra Reis invoquem sigilo profissional.
Em causa, sabe a SIC, estão o facto de as sociedades de advogados se poderem resguardar no sigilo profissional para recusar a entrega de informação já solicitada pelos deputados.
Neste sentido, um dos requerimentos enviado ao Supremo é dirigido à sociedade que assessorou a TAP - Sociedade Rebelo de Sousa & Advogados Associados - no acordo para a indemnização de meio milhão de euros paga a Alexandra Reis.
O outro, refere-se aos advogados que defendem a ex-administradora, ou seja, a sociedade Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados.
A Comissão Parlamentar de Inquérito à tutela política da gestão da TAP foi constituída por iniciativa do Bloco de Esquerda. Já foram ouvidas quatro personalidades, entre as quais a CEO da TAP e a ex-administradora Alexandra Reis. No total, serão ouvidas cerca de seis dezenas de personalidades e entidades, propostas pelos partidos.
A 6 de março, recorde-se, o Governo anunciou que a Inspeção-Geral de Finanças (IGF) tinha concluído que o acordo celebrado para a saída antecipada de Alexandra Reis da TAP era nulo e que ia pedir a restituição dos valores.
Na sequência dessa conclusão, os ministros das Finanças e das Infraestruturas anunciaram também a exoneração com justa causa da presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, e do presidente do Conselho de Administração, Manuel Beja.