Alexandra Reis pode vir a ser reintegrada na TAP. Esta é uma hipótese apontada no projeto de parecer da Inspeção-Geral de Finanças sobre a saída da gestora com uma indemnização de 500 mil euros.
A SIC sabe também que a devolução de parte desta verba é outra das hipóteses adiantadas no documento, caso o acordo seja considerado nulo.
O acordo de saída de Alexandra Reis da TAP foi assinado pelas duas maiores figuras da companhia: Manuel Beja, presidente do Conselho de Administração, e Christine Ourmières Widener, CEO.
Ambos encararam o caso como se fosse uma rescisão normal de um trabalhador, mas Alexandra Reis era administradora. A dúvida era se a TAP não seria obrigada a reger-se pelo Estatuto do gestor público, e parece que sim.
Nas mais de 20 páginas do parecer provisório da Inspeção-Geral de Finanças são apontados cenários. Alexandra Reis pode ter de devolver parte da indemnização de 500 mil euros que recebeu da TAP e, no limite, se o acordo de saída for considerado inválido, ser reintegrada na companhia aérea.
Caberá ao ministro das Finanças, Fernando Medina, decidir o que fazer.
"Sobre esse tema não tenho nada a acrescentar àquilo que foi o comunicado do Ministério das Finanças neste domingo e, por isso, quando o relatório for entregue ao Ministério das Finanças será dado conhecimento das suas conclusões publicamente", afirma Medina.
No Parlamento, Medina diz mesmo que o tema não é uma preocupação
"Sobre questões que são laterais, não lhe darei mais importância do que elas merecem".
À SIC, Alexandra Reis diz que não fará comentários sem ler o relatório final e explica que o contraditório foi enviado na sexta-feira. Acrescenta que se for chamada à comissão de inquérito parlamentar, marcará presença.