A TAP poderá apresentar uma queixa contra a Airbus no tribunal arbitral de Londres caso o gigante da aeronáutica não aceite renegociar os contratos de leasing dos aviões. A SIC sabe que já houve contactos entre as duas partes, mas até agora sem sucesso. A companhia portuguesa aérea está a pagar cerca de 20% acima dos preços praticados no mercado.
O negócio fehado em 2015 entre Neelman e a Airbus, terá lesado em mais de 400 milhões de euros a companhia, que já pediu vários pareceres jurídicos, o mais recente é de uma das maiores sociedades de advogados do mundo, que já ganhou outros casos contra o gigante da aeronáutica.
No caso da TAP, a empresa britânica considera que há argumentos para anular o contrato com a Airbus.
À luz da legislação portuguesa e europeia, uma empresa não pode emprestar dinheiro a terceiros para comprar o seu próprio capital. Ou seja, é ilegal a TAP pagar à Airbus o adiantamento dado a Neeleman para entrar na companhia.
A TAP não tenciona anular o contrato e está a usar o parecer para pressionar a Airbus a renegociar os leasing da fronta que chegam aos 5 mil milhões de euros, mas a primeira resposta foi negativa.
O caso pode ir parar a tribunal arbitral de Londres.
Neeleman nega qualquer responsabilidade
Em 2005, Fernando Pinto a data CEO da TAP faz uma encomenda de 12 aviões A350 ainda antes do modelo começar a ser fabricado.
Dez anos depois, mudança de planos com a entrada de David Neeleman em cena. Altera o contrato de compra dos 12 aviões para 53, desta vez A330 e A320.
A saída do contrato anterior, a TAP perde 190 milhões de dólares, a que se juntam 254 milhões, o valor que a companhia fica a pagar a mais que os concorrentes pelos novos aviões.