Sismo na Turquia e Síria

Sismo na Turquia: 15 mil operacionais de 70 países mobilizados para ajudar

Um dos primeiros países a enviar socorristas e equipamento foi a Grécia, mas também Portugal, Espanha, Itália ou a Suécia, país que a Turquia tem ameaçado vetar da adesão à NATO, vão enviar ajuda. Do lado da Síria, a surpresa chega através do apoio inesperado vindo de Israel, para além da China, Irão e Rússia

SIC Notícias

Uma imensa corrente de ajuda está a chegar à Turquia e à Síria, mas uma das grande dificuldades no terreno é a coordenação entre os voluntários de 70 países.

A primeira equipa internacional a chegar é a equipa de busca e salvamento alemã e vai-se instalar em Kirikhan, cidade da Turquia com cerca de 100 mil habitantes, situada a apenas 50 quilómetros da fronteira com a Síria.

Não se sabe quantas pessoas estarão debaixo dos escombros, apenas os sinais de uma série de tragédias insuportáveis como prédios inteiros reduzidos a ruínas e uma parede desaparecida de uma escola.

A chegada da equipa alemã à cidade da ponta mais a sul da Turquia é apenas uma gota de um oceano de ajuda que está a ser mobilizado de todo o mundo para a zona de desastre.

O aeroporto de Istambul está a fervilhar com milhares de voluntários, como por exemplo alguns dos 2.100 mineiros nacionais alistados para ajudar nas operações de salvamento.

O Governo turco está a preparar mais de 50 mil camas nas estâncias turísticas da região, para alojar, não só as vítimas do terramoto, mas também alguns dos 15 mil operacionais de dezenas de países que ofereceram ajuda.

Ao lado da Alemanha, onde reside uma numerosa comunidade de origem turca, a tragédia aproximou da Turquia que estavam de relação cortadas: a Arménia,

Um dos primeiros países a enviar socorristas e equipamento foi a Grécia, vizinho e rival histórico, sendo uma iniciativa tomada por uma vintena de países do maior doador, a União Europeia, onde estão também Portugal, Espanha, Itália ou a Suécia, país que a Turquia tem ameaçado vetar da adesão à NATO.

Até a Ucrânia conseguiu dispensar 87 elementos de busca e salvamento, mas a gigantesca operação envolve ajudas com origem tão longínquas como o Japão a Índia ou o México, e claro, os Estados Unidos.

Do lado da Síria, a suprema chega através do apoio inesperado vindo de Israel, para além da China, Irão e Rússia numa zona atravessada por uma fronteira geopolítica e onde no terreno há diferentes interlocutores, seja o governo de Bashar al Assad, da oposição em Idlib ou Alepo, a fazerem face a uma tragédia em cima de uma década de guerra civil.

Um sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter atingiu, esta segunda-feira de madrugada, o sul da Turquia e o norte da Síria.

O número de mortos nos fortes sismos aumentou para 7.266, de acordo com o balanço provisório mais recente. Só na Turquia, o número de vítimas mortais é já de 5.434.

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