A embaixada turca em Lisboa divulgou, esta terça-feira, uma lista de bens essenciais necessários para enviar para a Turquia.
“Pede-se encarecidamente às pessoas que puderem prestar ajuda em géneros às pessoas afetadas pelos terramotos na Turquia que entreguem os artigos listados abaixo”, lê-se no comunicado.
Entre os bens prioritários estão:
- Roupa de inverno (adultos e crianças): casacos, impermeáveis, botas, camisolas, calças, luvas, cachecóis, chapéus/gorros, meias, roupa interior;
- Outros materiais: tendas, camas, colchões (para tendas), mantas, sacos-cama, garrafas térmicas, lanternas;
- Caixas de comida: não perecíveis, comida enlatada;
- Leite em pó/fórmula;
- Produtos de higiene;
- Fraldas;
Esta ajuda pode ser entregue até dia 15 de fevereiro e a embaixada apela a que os bens "sejam adequados para condições de inverno".
O ponto de entrega em Lisboa é a Embaixada da Turquia (Avenida das Descobertas, 22 Restelo 1400-092 Lisboa) e quem "quiser prestar ajuda a partir do Porto poderá contactar Zeynep Koca, professora na Universidade do Porto", através do contacto telefónico: +351 910 597 058.
A Embaixada disponibiliza ainda uma linha de emergência: +351 93 861 88 05.
Os bens recolhidos serão enviados para a Turquia através da Turkish Airlines.
Turquia declara estado de emergência durante três meses após sismo
O Governo turco declarou estado de emergência por três meses nas 10 províncias afetadas pelo forte sismo de segunda-feira, que já provocou pelo menos 3.549 mortos e 22.000 feridos no país.
O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou ainda a criação de um fundo de 5.000 milhões de euros, destinados a ajuda de emergência para aquelas regiões.
Erdogan explicou que o sismo, de 7,8 de magnitude, além de numerosas réplicas, se enquadram num fenómeno chamado "desencadeamento", no qual um sismo desencadeia um abalo seguinte.
O chefe de Estado já tinha dito, na segunda-feira, que estes sismos representam a maior calamidade sofrida pelo país desde o sismo de 1939 em Erzincan, no leste da Turquia, que provocou mais de 32 mil mortos e causou um tsunami no Mar Negro.
O Presidente lamentou que as centenas de réplicas estejam a dificultar o resgate de sobreviventes, mas anunciou que já foram encontradas cerca de 8.000 pessoas vivas.